quinta-feira, 28 de abril de 2011

Scones

"Tea time"
Pra combinar com a ocasião

Típico da Inglaterra, de origem escocesa e irlandesa, fácil e rápido de fazer, o scone se parece com uma broinha, tem uma textura levemente crocante por fora e macio por dentro, o formato é meio grotesco, pode ser arredondado ou triangular, ideal para o chá da tarde, servido com uma boa geléia. Um British tea legítimo não pode faltar pra completar o clima e sabor de realeza. Pode ser adocicados ou salgados, variando com passas, gotas de chocolate, queijo, presunto, abóbora, etc...

Ingredientes:
300g de farinha de trigo (pode ser farinha integral)
2 colheres de fermento químico
80cc de leite
80g de manteiga
1 colher de açúcar (opcional)
1 ovo

Preparo:
Peneirar a farinha de trigo e o fermento.
Esmigalhar a manteiga na farinha peneirada e misturar.
Acrescentar o leite, ovo e açúcar, amassar até virar uma massa homogênea.
Fazer bolinhas achatadas ou cortar a massa triangular, pincelar com gema e assar por 13~15 minutos à 200 graus.




Grande parte do chá preto consumido é produzido na Índia. Entre os mais conhecidos estão o Assam, Ceilão, Darjeeling, Keemun, o tradicional Earl Grey e English Breakfast (blend tea) ... pode ser tomado com ou sem leite, adoçado, ou puro.

O uso do chá na Inglaterra é atribuído a Catarina de Bragança, princesa portuguesa que casou com Carlos II da Inglaterra. O chá era bebido em cafés e seu consumo foi crescendo desde o final do século XVII, sendo que era bebido a qualquer hora do dia até o início do século XIX, quando a tradição chá da tarde ("five o'clock tea") foi instituída pela sétima Duquesa de Bedford em Londres.

Have a nice time!

terça-feira, 26 de abril de 2011

Os Três Crivos

"Na luta, morre-se de cicuta!" - Sócrates

As Três Peneiras de Sócrates
Augustus foi ao encontro de Sócrates levando ao filósofo uma informação que julgava de seu interesse:
- Quero contar-te uma coisa a respeito de um amigo teu!
- Espera um momento – disse Sócrates – Antes de contar-me, quero saber se fizeste passar essa informação pelas três peneiras.
- Três peneiras? Que queres dizer?
- Vamos peneirar aquilo que quer me dizer. Devemos sempre usar as três peneiras. Se não as conheces, presta bem atenção. A primeira é a peneira da VERDADE. Tens certeza de que isso que queres dizer-me é verdade?
- Bem, foi o que ouvi outros contarem. Não sei exatamente se é verdade.
- A segunda peneira é a da BONDADE. Com certeza, deves ter passado a informação pela peneira da bondade. Ou não?
Envergonhado, o homem respondeu:
- Devo confessar que não.
- A terceira peneira é a da UTILIDADE. Pensaste bem se é útil o que vieste falar a respeito do meu amigo?
- Útil? Na verdade, não.
- Então, disse-lhe o sábio, se o que queres contar-me não é verdadeiro, nem bom, nem útil, então esqueçamos o problema e não te preocupes com ele, já que de nada valem casos sem edificação para nós, melhor que o guardes apenas para ti.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Conto da Carochinha


Era uma vez... numa terra muito distante vivia uma princesa em seu castelo de areia, cheia de afazeres e obrigações, carregava no peito um coração carente e sonhava com seu príncipe encantado. Vendo a vida passar e cansada de esperar, num belo dia ela resolveu procurá-lo colocando um anúncio" Procura-se um príncipe!" com o nick de Beija-flor, foram muitos os candidatos, todos os dias dezenas e dezenas de emails, uns novinhos demais, outros já passadinhos, uns bonitinhos, outros feinhos, uns moravam longe, uns românticos, outros uns brutamontes, levou alguns dias para a seleção e o escolhido foi o mais fortão, um lindo italiano saradão, com barriga de tanquinho e  músculos de montão. Parecia-lhe um touro. Outros apareceram, mas o coração dela andava cansado de voar de flor em flor sem encontrar seu amor. Dentre todos os outros pretendentes, um sapo chamado Renato insistente, pareceu-lhe muito amigo, era só sorrisos, tornou-se muito presente, o seu melhor confidente, sem mostrar o rosto, se gabou do documento, tentou impressionar a sua lindinha Beija-flor, a todo momento, ele a tratava feito uma rainha. Ela gostava do seu carinho, mas nenhuma atração física sentia, ela não mentia. Ele se escondia atrás de longas madeixas e uma barba mal feita pra esconder sua baixa auto-estima anfibiana. Depois de meses de cumplicidade e cada vez mais apaixonado o sapo Renato veio ao grande encontro, se olharam, se tocaram, ele não escondia sua ansiedade e felicidade, num frisson de emoção, o coração pulando, o chão não alcançando mais os pés, sentaram para tomar um café, ele trémulo deixou o açucar cair no pé. Conversaram, cantaram Sampa mascando um chiclé, e ao jogar ele juntou os dois gomos e fizeram um pacto, ele amassou, apertou bem até se fundirem e disse: " assim como esse chiclete agora está, nós nunca vamos nos separar" Quando tentar separar um, o outro pedaço vai junto e a partir de então começou a terrível maldição. Condenados pela eternidade eles estavam. O feitiço do sapo naquele momento se quebrou e num belo príncipe ele se transformou. No principe até então sonhado e perdidamente apaixonado, trocaram juras eternas. Deu um trato no visual, arrumou a beca, encheu de charme e coisa e tal, ela se tornou la belle femme, com um brilho todo especial. Viveram por muito tempo num barco de papel furado, oscilando com as ondas, lutando pra não afundar, cresceram juntos, desbravaram um mundo colorido e doído, felizes, brigando, sonhando, aprendendo, sofrendo, chorando, superando, mas prestes a naufragar a qualquer instante, ela de medo queria pular, voltar pro seu castelo de areia em ruínas e lhe dava pontapés no traseiro o tempo inteiro. Cada vez mais o barquinho se distanciava da margem, já em alto mar veio a onda do destino que os separou. Ela não tinha mais como voltar, ficou ali a naufragar, quando um anjo caiu do céu, estendeu lhe a mão e proteção, e por dias lhe fez companhia, naquela sua vida vazia...  assim a bela história da Carochinha acabou. Ela nunca mais voltou a acreditar nos contos da Carochinha e o sapo encontrou um outro Beija-flor, cujas penas e longo bico a antiga amada lhe lembrou, coaxou no seu ouvido doces gemidos e se gabou de ter vivido, e continuou pulando e pulando de um lado pro outro...guebec...guebec...guebec...guebec...guebec...

Tandoori chicken

Esse não é o tradicional tandoori chicken indiano, mas é uma receita bem saborosa.
(receita da revista オレンジページ orange page)

Ingredientes:
600g de coxa e sobrecoxa
de frango desossado
2/3 de iogurte natural
alho e gengibre ralado
3 colheres de Ketchup
1 1/2 de curry em pó
1 colher de suco de limão
1 colher de óleo
1/2 colher de mel
sal e pimenta a gosto
páprica

Preparo: Corte o frango em pedaços médios, misture todos os temperos e deixe marinar por algumas horas, asse de preferência na brasa, é uma ótima opção pra deixar o seu churrasco diferente. O iogurte quebra a ardência do curry, o sabor e o cheiro são marcantes. Acompanha salada verde e batata assada no alumínio. E depois banana assada polvilhada na canela de sobremesa, incenso e uma musiquinha de fundo... hummm, sabor da felicidade.
...Namastê...

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Conhece-te a ti mesmo?

No oráculo de Delfos o dito
"Conhece-te a ti mesmo"
Me perco nesse universo infinito
De pensamentos e de escritos

Presa na caverna de Platão
Só vejo sombras na escuridão
Buscando respostas dessa existência
De uma verdade com eloquência

E só acho dúvidas e incoerências
Consciente da minha ignorância
Eu sei que pouco, ou nada sei
Certeza essa eu mesma constatei

Shakespeare por assim dizia:
Há mais mistérios entre o céu e a terra
do que se supõe nossa vã filosofia.
Ser ou não ser, eis a questão

 
Agnes

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Soneto do Amor Total


Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

 

Vinicius de Moraes

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Quase

Acreditei que a fé movesse montanhas
Que no amor não existisse barreiras
Que pudesse ter a lua e que as estrelas
só brilhavam pra mim.
Pulei de cabeça, fiquei sem chão
quase sem teto, praticamente na mão
Quase acreditei em destino, em pactos
afinidades, flores e velas, puro desatino.
Vi o soleil se pôr, o amanhecer,
tempestades e sol voltar a brilhar
troca de estações, flores desabrochar
e eu em mulher a me transformar.
A arte nas telas colorindo a vida
A wonderful tonigth, despedida
Vi castelos desmoronar
Semente plantada, secar
Quase acreditei em lágrimas
Em risos, promessas e desafios.
Acreditei na cumplicidade
De uma sincera amizade
Por pouco, fincou raiz
Quase, por um triz


Agnes

Nada

Canção do Sonho Acabado

Já tive a rosa do amor
- rubra rosa, sem pudor.
Cobicei, cheirei, colhi.
Mas ela despetalou
E outra igual, nunca mais vi.
Já vivi mil aventuras,
Me embriaguei de alegria!
Mas os risos da ventura,
No limiar da loucura,
Se tornaram fantasia...
Já almejei felicidade,
Mãos dadas, fraternidade,
Um ideal sem fronteiras
- utopia! Voou ligeira,
Nas asas da liberdade.
Desejei viver. Demais!
Segurar a juventude,
Prender o tempo na mão,
Plantar o lírio da paz!
Mas nem mesmo isto eu pude:
Tentei, porém nada fiz...
Muito, da vida, eu já quis.
Já quis... mas não quero mais...
Cecília Meireles

terça-feira, 12 de abril de 2011

Frozen iogurte com morango

Fácil e delicioso

Ingredientes
iogurte natural   500g
creme de leite   200g
açúcar           1 copo
morango   2 caixinhas

Bata o creme de leite com o açúcar até ficar cremoso, acrescente o iogurte, corte os morangos e misture.
Coloque pra gelar, após 3 horas misture e volte pro congelador mais umas horinhas e está prontinho.
(receita da Kawano aprovadíssima)

Iceplant

Crystallinum Mesembryanthemum  ( ficoïde glaciale) é uma hortaliça com folhas suculentas, originária do sul da África, a planta é coberta internamente por gotículas brilhantes de água, que refletem feito cristais de gelo, como um orvalho.
É um vegetal incomum que reapareceu há alguns anos (esquecido desde os anos 1930) e volta a ser apreciado nos gourmets.
As folhas e caules podem ser comidos crus em saladas, têm sabor levemente salgado e refrescante, uma textura crocante e muito exótica. Eu nunca vi nada igual.
Conheci a pouco tempo e hoje vi no mercado e não resisti, não é comum encontrá-la, mas pra quem tiver oportunidade, experimentem!

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Atos e sentimentos

Somos donos de nossos atos,
mas não donos de nossos sentimentos;
Somos culpados pelo que fazemos,
mas não somos culpados pelo que sentimos;
Podemos prometer atos,
mas não podemos prometer sentimentos...
Atos sao pássaros engailoados,
sentimentos são passaros em vôo.

Mário Quintana

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Florbela Espanca

O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessoa; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa,violenta,atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê!

Florbela Espanca

terça-feira, 5 de abril de 2011

Guam

A ilha de Guam é uma colônia norte-americana na Micronésia, localizada na extremidade sul das Ilhas Marianas no Pacífico. Guam é uma ilha cercada pela mais pura areia e mar. É composta por belos coqueiros. Cedida a Espanha em 1898, ocupado pelo Japão em 1941, foi retomado pelos Estados Unidos 3 anos mais tarde, Guam é uma base aero-naval estratégica para os Estados Unidos.

Pra quem está acostumado a sobreviver 24 horas num avião, a viagem de 3 horinhas foi tranquila, tempo pra  ler 3 capítulos do meu livro e comer um horrível sanduiche bagel amanteigado que ficou impregnado.

A imagem de aeromoça elegante com os cabelos impecáveis, maquiagem perfeita foi por água abaixo, ou melhor pelos ares. Eram umas tiazinhas, tipo tia avó que compunha a tripulação. Aos solavancos aterrissamos e fomos recebidos por um bafo quente e um cheiro indecifrável.

Na imigração gastei meu vasto vocabulário de "iés, nou e sânquiu" enquanto o agente ficava cantando " Don't worry, be happy".
O hotel é um resort confortável com piscinas, restaurantes, starbucks, aula de yoga de manhã, dança típica chamorro, mas fica um pouco afastado do burburinho, onde tem uma avenida com lojas de grife e restaurantes Hard Rock, Outback, Capricciosa... é um mini Havaí, só faltou o abacaxi.
Na praia de Tumon bay beach o mar é lindo, areia branquinha, águas cristalinas de um azul-verdejante e poucas ondas é quase uma piscína natural. Fazia uns 30 graus, calor o ano inteiro.

Como diversão tem surf, mergulho, jet ski, banana boat, entre outras... Fizemos um passeio de escuna pra ver os golfinhos, que deram um show, tinham muitos golfinhos.

Pra fechar com chave de ouro fui pega de gaiata pela alfândega, minha primeira experiência. Loira com passaporte japonês, será esse o motivo? Depois de tirar os sapatos, cinto e celular a minha bolsa acusou, e fui fazer a revista íntima numa salinha, revistaram tuuuudo, até o absorvente, por sorte não era O.B que eles poderiam confundir a cordinha com uma granada... Bummm... kkkk. Depois de constatar alarme falso fui dispensada com um sorrisinho amarelo.
Quatro dias nesse paraíso sem precisar lavar, limpar, cozinhar... é o sonho de toda dona de casa, pena que tudo que é bom dura pouco, mas valeu muito a experiência e a companhia fez toda a diferença.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Os cheiros

Existem cheiros inesquecíveis. Cada pessoa tem seus prediletos. E basta uma mínima lembrança para que tudo volte: a temperatura do momento, a felicidade ou a tristeza que se sentia, as imagens de quem estava perto, tudo. Tudo. Cheiros podem ser alegres ou tristes. Era muito bom quando se entrava em casa depois do colégio, logo antes do almoço, e se sentia o cheiro do refogado – alho, cebola e tomate – para fazer o picadinho ou o bife de panela enrolado no bacon e preso por um palitinho. Quantos segundos você leva para atravessar o tempo e voltar aos seus 11 anos?
Lembra quando há muitos, muitos anos, você ia passar as férias na fazenda? Ah, uma fazenda tem aromas absolutamente inesquecíveis: o do capim, o da terra depois da chuva, o do estábulo onde se ia de manhã bem cedo tomar o leite tirado da vaca, ainda morno, numa canequinha de alumínio. E o cheiro da tangerina? Aliás, tangerina não, mexerica; aquela pobrinha, modesta, de casca fina, que deixava a mão cheirando durante três dias. Esse é um cheiro muito alegre. O cheiro do bolo saindo do forno é para sempre – bolo de tabuleiro, cortado em losangos, com cobertura de açúcar com limão, e um detalhe precioso: naquele tempo, por mais que se comesse não se engordava, e em cima da mesa havia sempre um vidro de fortificante para abrir o apetite. Que felicidade ter tido uma infância no interior! Mas existem outros aromas não ligados ao paladar e também inesquecíveis. O cheiro do mar quando se chega em Salvador – uma licença poética, com licença. E você já teve uma tia-avó que morava numa casa bem arrumada, cujo assoalho era encerado toda semana? O brilho era dado a mão, com uma escova de cabo alto como uma vassoura, e era chegar e ouvir: “Cuidado para não escorregar”. Que cheiro limpo, honesto, que cheiro de gente direita. Será que isso ainda existe?
Mas há também os cheiros angustiantes: os de hospital, de sala de cirurgia. Muito cheiro de flor você sabe o que lembra – melhor não falar disso. E existem os perfumes ricos: de carro novo, de um bom fumo de cachimbo. E vamos combinar: cheiro de alho é bom na cozinha, de sexo no quarto, e é proibido misturar. Por falar nisso, o cheiro do homem que se ama, depois do amor, é melhor nem lembrar para não desmaiar de saudade.
As cidades também têm seu cheiro, cada uma muito particular: se você for levada, de olhos vendados, para o Bloomingdale’s, sabe na hora que está em Nova York. E se respirar um aroma de cominho misturado a curry e a canela vai saber que está no souk de Marrakesh.
Mas existe um cheiro que só as mulheres conhecem. É o que elas sentem quando estão enxugando seus bebês depois do banho. É preciso que não haja uma só pessoa por perto num raio de 200 metros para não haver interferência de qualquer ordem. Sem nenhuma presença estranha – nem mesmo a do pai –, mãe e filho poderão dizer bobagens e rir de coisas que só eles vão entender. Depois do talco, a mãe vai botar o nariz no pescoço de sua cria e cheirar com todos os seus cinco sentidos. No princípio timidamente, mas cada vez mais forte, até quase arrebentar os pulmões de tanto amor. Na hora a gente não sabe, mas um dia vai saber: não existe nada igual a esse cheiro nem a esse momento, e nunca vai haver um melhor. Porque esse é o cheiro da vida.

Danuza Leão

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Cinco coisas

Quero apenas cinco coisas..
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser… sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando.
Pablo Neruda

(April Fools' Day)