sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Limite

Não me prendo a nada que me defina. sou companhia, mas posso ser solidão.
Tranqüilidade e inconstância, pedra e coração.
Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono.
Música alta e silêncio.
Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser.
Não me limito, não sou cruel comigo!
Serei sempre apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer.
Suponho que me entender não é uma questão de inteligência
e sim de sentir, de entrar em contato.
Ou toca, ou não toca

(Clarice Lispector)

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