sábado, 16 de outubro de 2010

Paris

Bienvenue

Sinônimo de pompa, sofisticação e ostentação, um museu a céu aberto da cidade histórica mais importante abrigando numerosos monumentos, centro cultural da Europa, palco da gastronomia, da moda, das artes, da hitória.

A menos de um mês com tantos preparativos, roteiro da viagem, reserva em hotéis, dicas de restaurantes, pontos turísticos, roupa de frio, parler français, fora as providências pra se ausentar durante 10 dias. Com tudo milimetricamente planejado, nada poderia dar errado.
A viagem dos sonhos à cidade Luz, desembarco num outono sombrio, encoberto de uma névoa cinzenta, sigo em direção ao hotel Ibis, na parte norte, estação Brochant, será um sinal? Superstição, comigo não!Hotel confortável e supria todas as necessidades básicas. Gastei muita sola de sapato, saindo de manhã e só voltando tarde da noite, com sede de ver tudo que Paris tinha a oferecer. As cantadas são descaradas, não é à toa que dizem ser  a cidade do amor.
 Noite no Moulin Rouge antigo cabaré com espetáculos por 100 euros(não vi e me arrependo), depois de comer um croque madamosele na pça Clichy no Bistrô Romain, nunca vi tanto sex shop's junto, brinquedinhos pra todos os gostos.


Segundo dia:
Montmartre: descendo na estação Anvers do metrô, subindo a ladeira de pedras fica a  praça de Montmartre, com seus pintores, seus cafés, espaço Dali e músicos de rua animando o ambiente, é o bairro mais charmoso. No topo  Sacre-Coeur: Basilica do sagrado coração construida com mármore branco em formato de cruz grega inspirada na arquitetura romana e bizantina erguida no fim da Revolução Francesa. Em frente a basílica presenciei uma declaração. Um rapaz estendeu um pano no chão, ajoelhou nos pés da sua suposta amada em lágrimas e começou a ler a carta, presumo eu que juras de amor eterno, ou pedido de casamento, ou seria uma carta de alforria? vai saber... Fui pega por um artista de rua que começou a fazer a minha caricatura, desembolso mais 20 euros, tinha melhores.
Sigo pro Arco do Triunfo  na praça Charles de Gaulle, foi construida  pra homenagear as vitórias comandadas por Napoleão Bonaparte.
Uma das 12 avenidas da praça é a Champs- Élysées. Ohhh Champs- Élysées Ohhh Champs- Élysées a mais bela do mundo com seus cafés, bistrôs, lojas de grife e normais descendo ao Petit Palais edifício histórico e museu das belas artes onde assisti uma apresentação de música fantástica. Mais pra baixo passando pela praça da Concórdia chego no Louvre a  noite, mal pude acreditar no que eu estava vendo, a pirâmide de vidro, me senti dentro do "Código Da Vinci". Embarco no Bateaux Mouches no rio Sena avistando as principais atrações turisticas que ficam a sua margem, até chegar a Torre Eiffel toda iluminada, não me acorde! Varada de fome parei num restaurante pra comer ostras.


Terceiro dia:
Museu do Louvre:( O castelo medieval foi construido em 1190) Hoje o maior museu do mundo, possui um acervo de mais de 380 mil itens distribuídas em oito departamento, onde se encontra a  Mona Lisa, Vênus de Milo, Psiquê e Eros,Vitória Alada de Samotrácia, Rembrant, Rubens, Vermeer... mesmo com guia e mapa na mão, impossível não se perder lá dentro, é um labirinto que precisa de dias pra ser apreciado. Saí de lá arrotando e exalando arte pelos poros.
Hora do café no tradicional Angelina o melhor chocolate quente de Paris e um delicioso mont blanc, rue de Rivoli 226, reposta a energia pé na estrada em baixo de chuva.
Museu Grevin é um museu de cera que impressiona pela sua perfeição, Jean Paul Satre, Picasso, Da Vinci, Dali, Gandhi, Chaplin, Einstein... ADOREI, imperdível!

Quarto dia:
Cemitério Père  Lachaise é enorme, onde muitas celebridades famosas estão enterradas, uma verdadeira saga pra encontrar os túmulos, Oscar Wilde todo rabiscado, Jim Morrison estava bem escondido, Chopin e Èdith Piaf deram menos trabalho.
Check out no Ibis e pro almoço salmão e confit de canard check in no Maubeuge, que pulgueiro! O bom que era perto da estação gare du nord, prédio antigo, uma verdadeira pocilga. Assediada de madrugada pelo dono volto correndo pro quarto.
Galeries Lafayette é uma loja de departamento de 10 andares e uma vista maravilhosa lá de cima ao lado o Ópera Garnier construido em estilo neo barroco, fundado por Luix XIV em 1669. Fecho a noite com um Blood Mary no Harry's bar 1913, entre os seus frequentadores estiveram Fritzgerald e Hemingway.

Quinto dia:
As coisas não estavam saindo como imaginei, a canseira começou a bater e não daria tempo pra ver tudo que eu queria, amanheceu chovendo e eu tepeemicamente alterada e chorando.
Palácio de Versalhes: um pouco afastado do centro é um dos maiores palácios do mundo foi símbolo da monarquia absoluta de Luiz XIV, os aposentos, salão dos espelhos e o impecável jardim geométrico. Cenário do filme Maria Antonieta. Pra forrar a barriga uma beringela gratinada num bistrozinho ao redor do palácio.
Museu de Orsay antiga estação de trem convertida em museu, ocupa 3 andares, no térreo obras do meado sec.19, no segundo andar art Nouveau, no andar superior impressionista e neo-impressionista.
Monet, Van Gogh, Degas, Gauguin, Rodin, Klimt, Renoir, Lautrec...

Sexto dia:
Notre Dame a catedral começou a ser construida em 1163 em estilo gótico, erguida sobre um antigo templo romano em devoção a Júpter, constitui de três portais, duas torres e uma rosácea no meio na parte frontal, riquissíma em detalhes vitrais, as telas, estátuas, gárgulas... Ao entrar altíssimas abobodas que dão no altar, fui tomada por uma forte emoção, que encheram meus olhos de lágrimas e eu que nem sou religiosa sentei e por um minuto agradeci. Haja fôlego pra subir a escadinha estreita de pedra em espiral de 387 degraus que leva ao topo da torre, uma esplendida vista de Paris com as gárgulas de companhia.
Cripta arqueológica fica no subsolo em frente a catedral de Notre Dame, vestígios da civilização celta, restos de alicerce e paredes da idade média.
Saint Chapelle "portal para o céu" é uma igreja construída em 1248 por Luis IX para abrigar a suposta coroa de espinhos de Cristo, seus vitrais retratam mais de mil cenas religiosas em um caleidoscópio colorido.
Conciergerie antigo Palácio Capetiano em estilo gótico, foi transformado em prisão ar gelado e sombrio, onde teve entre tantos Maria Antonieta numa cela até a sua execução na guilhotina.
Igreja de Saint Séverin entre as tantas igrejas esta é uma das mais antigas, construida no sec.XI, é uma linda igreja com vitrais, abobodas...
Museu Cluny fica perto da universidade de Sorbonne, dedicado à preservação de um rico acervo de arte medieval. Dividido em duas alas, eu particularmente não achei muito interessante.
Panthéon (todos os deuses) construído em forma de gratidão após Luiz XV ter se recuperado de uma grave doença em 1744, monumento em estilo neoclássico, fica no monte Santa Genoveva no Quartier Latin. O edifício, em forma de cruz grega, é coroado por uma cúpula de 83 metros de altura.Pêdulo de Foucault pendurado no teto. No subsolo encontra os restos mortais de Victor Hugo, Jean-Jacques Rousseau, Voltaire, Alexandre Dumas entre outros.
Saint Etienne mais uma igreja, fica ao lado do Panthéon. Algumas partes são no estilo gótico e outras renascentistas, janelas e vitrais admiráveis.
Les Deux Margots um café que foi ponto de encontro da elite literária e intelectual da cidade. Artistas surrealistas, escritores entre eles Hemingway.
Café de Flore frequentado pelos intelectuais franceses Sartre e Simone de Beauvoir desevolveram aqui a filosofia existencialista. Não poderia deixar de dar uma sentadinha na cadeira vermelha da calçada.
Le Procope o café mais antigo do mundo, fundado em 1686 e frequentado por Voltaire e Napoleão, parada obrigatória, comi pela primeira vez escargot, o gosto do tempero se destaca no molusco.
Le Pub St. Germain pra finalizar o longo dia, um bar super aconchegante, meia luz e som agradável regado de coquetel.


Sétimo dia:
Novamente ao Louvre pra tentar ver um pouquinho mais do rico acervo.Depois pro Museu de moda na rue Rivoli, achei fraquinho.
Amorino parada deliciosa pra apreciar o melhor sorvete, uma dúvida cruel pra escolher os sabores.
Museu L'Orangirie a série da ninféias de Claud Monet é a marca principal deste museu. Além de Cézannes, Picassos,Modiglianis.
De volta ao Arco do Triunfo, a vista maravilhosa lá de cima, lojinhas na Champs Élysées.

Oitavo dia:
Bastilha uma coluna oca de bronze com uma estátua do gênio da liberdade em cima é o marco. Bastilha era uma prisão e foi palco do evento histórico conhecido como a Queda da Bastilha, em 14 de Julho de 1789. Dando inicio a Revolução Francesa.
Saint-Paul-Saint-Louis mais uma igreja, seu interior é lindo, em estilo barroco, decorado com mármore e peças douradas. Uma telona de cristo no jardim das oliveiras de Delacroix.
Mansion de Victor Hugo Fica no segundo andar de um hotel antigo, lá que o romancista e dramaturgo escritor escreveu Os Miseráveis, seus aposentos e seu busto de mármore (Rodin).
Novatel um hotel moderno e caro, muito confortável perto da Torre Eiffel, não tão perto assim, leva uma boa caminhada até lá.
Museu Rodin considerado o maior escultor francês, suas esculturas mais conhecidas ficam no jardim, o pensador, portas do inferno e Balzac, no interior destaque para o beijo e eva
Dome a cúpula dourada uma bela arquitetura, sarcófago para alojar os túmulos reais.
Museu de L'Armee um dos museus mais completos  da história militar, peças que vão da idade média até a segunda guerra mundial, eu não me interessei muito, mas pra quem gosta de armas de guerra vai se esbaldar.
Mercado de frutas, verduras e muita comida boa, terrine, alcachofra, berries, queijo, foie gras (pate de fígado gordo), baguete e lógico um legítimo vinho francês pra compor a ceia.
Torre Eiffel o símbolo de Paris construida em 1889 pra comemorar o centenário da Revolução Francesa. A Dama de Ferro tem 324 metros e três andares. Com a  melhor vista panorâmica da cidade.

Nono dia:
Saint-Honoré um hotelzinho simpático e típico, perto do jardim do Tuileries, antes de chegar no hotel uma agradável surpresa Luis Fernando o Verrissímo, inacreditável como naquela cidade tem brasileiros.
Saint Roch mais uma linda igreja, a pedra inaugural foi lançada por Luiz XIV em 1653, possui uma capela ricamente decorada.
Saint Eustache fica no bairro Halles,uma das mais belas igrejas inspirada em Notre Dame, ficando pronta em 1637. É onde está enterrado Molière. Encontrei até a santa Agnes por lá.
Rio Sena é conhecido como o rio dos namorados, pont Neuf, ponte Alexandre III, panini e um vinho para o piquenique, respirando o penúltimo dia da viagem e a noite uma pinã colada na rue do Rivoli.

Décimo dia:
Café da manhã perto da Ópera, uma volta por St. Michel, lembrancinhas da viagem, novamente Chez Clement, um restaurante bem gostoso onde comi gratinado de endives jabon e a minha sopinha de cenoura. Brindando o último dia com um champanhe.

O custo de vida é muito caro, pontas de cigarro nas ruas, mendigos, o cara pega no pão com a mesma mão que pega o dinheiro, mas é uma cidade maravilhosa, encantadora e deliciosa.

À Bientot!


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