quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Os amantes


Encontros e despedidas
Nas estações dessa vida
Dos dias que vem e que vão
O tempo passa, amores passam, passarão

A caminho do medo revestido em segredo
O receio de serem pegos no flagra
Num ato obsceno aumenta o desejo
Querença insaciada, ânsia desenfreada

Dos doces beijos com sabor de pecado
Libidinosos instintos aguçados
Submersos nesse universo lúdrico
Hedonistas de joguinho lúdico

Se entregando ao devaneio
Os fins não justificam os meios
Dando um brilho à escuridão
Pra distrair da solidão

Como uma eclipse, sol e lua
Que se encaixam no espaço
Entre carícias e abraços
O côncavo e o convexo
Esquadrinhando as curvas do sexo

Nessa folia recendendo a maresia
Todos os sentidos afrodisia
Desejos carnais ávidos
Misturados a sentimentos pávidos

Os minutos vão se desfazendo no tempo
Na hora da partida abre a ferida
De volta a rotina, tomam tento
Máscara na cara e temor no coração
Dualidade é vossa vocação


Casais apaixonantes
Vivendo tão somente de instantes
Em encontros furtivos incessantes
Nessa eterna aventura errante


Sem saber o que é direito
Abrasam o lado esquerdo do peito
Paixão ou apenas uma mera ilusão?
São coisas do coração...

Agnes

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